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sábado, 9 de março de 2013

Bruno continua em cela de 6 metros, com rádio e TV, após condenação

Após o julgamento, o preso Bruno Fernandes de Souza vai seguir a rotina iniciada em 9 de julho de 2010 no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG), onde está preso pelos crimes contra Eliza Samudio.

Bruno continuará ocupando uma cela individual de 6 metros quadrados de um dos 17 pavilhões do presídio. A cela tem cama de alvenaria e banheiro equipado com chuveiro, pia e vaso sanitário.
Na cela, ele tem uma televisão de 14 polegadas e um rádio, levados por parentes. Segundo a Secretaria de Defesa Social, é direito de todos os presos terem TV e rádio fornecidos pelos familiares.
O goleiro recebe visitas quinzenalmente, que são alternadas entre sociais e íntimas. Uma visita frequente é a da sua mulher Ingrid Oliveira, 27. Estão cadastrados também para visitá-lo a avó, as duas filhas e um tio.














Agora fica minha pergunta:
Pq ele fica em uma cela INDIVIDUALMENTE ?
aqui em SP, todos presidios tem as celas com uns 6 ou 8 presos.
 Pq ele tem esse privilegio ?

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Caseiro é indiciado por morte de Grazielly

Menina de três anos morreu no início do ano passado ao ser atropelada por uma moto aquática; caso aconteceu em Bertioga




O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) indiciou um caseiro por lesão corporal, homicídio culposo e omissão de socorro no caso Grazielly. A menina, de três anos, morreu há um ano quando foi atropelada por uma moto aquática pilotada por dois adolescentes em Bertioga, no litoral de São Paulo.




De acordo com o advogado José Beraldo, o caseiro Erivaldo Francisco de Moura teria levado com um quadriciclo, juntamente com os dois adolescentes, o veículo para o mar. Portanto, ele responderá também a processo criminal.



O homem havia sido excluído do processo pelo juiz de Bertioga, por entender que ele era apenas um empregado e seguiu ordens. Entretanto, depois de um recurso em sentido estrito do Ministério Público, acompanhado pelos assistentes de acusação, o Tribunal de Justiça determinou que ele também respondesse pelo crime.



O caso



Grazielly Almeida Lames, de três anos, morreu em 2012, após ser atingida por uma moto aquática pilotada por dois adolescentes na Praia de Guaratuba, em Bertioga. A menina brincava na areia com a mãe quando foi atingida pelo veículo desgovernado.



Embora tenha sido resgatada por um helicóptero da PM (Polícia Militar), a criança chegou sem vida ao hospital.



O veículo era pilotado por um adolescente, na época com 13 anos. A mãe do menino, a madrinha, o padrinho foram acusados de imprudência. O dono da marina e o mecânico foram responsabilizados por imperícia.


obs.
demorou, mas até q enfim, uma prisao.
crianca na flor da idade, e um irresponsavel, deixa alguem q nao tem habilitacao usar o jet sky.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Concurso Publico - Uma Alternativa




Nesta segunda-feira (18), os 20 principais concursos públicos oferecem 21.349 vagas em várias regiões do país. Existem oportunidades em diversos cargos destinados a candidatos de todos os níveis escolares. As remunerações iniciais podem chegar a R$ 21,7 mil, dependendo da função desejada.

http://noticias.uol.com.br/empregos/ultimas-noticias/2013/02/18/principais-concursos-publicos-somam-21349-vagas-com-remuneracao-de-ate-r-217-mil.jhtm


Realmente a opcao de se fazer um concurso publico é uma das melhores, mas tem que se esforcar muito, porque tem pessoas de escolaridade superior, fazendo concurso para nivel medio.

e para quem esta desempregado, o negocio é pegar o primeiro concurso que aparecer, mesmo que nao seja o que vc procura, e depois ir buscando algo melhor.
ficadica








segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Com pras de Final de ano

E então caros amigos, estamos chegando a mais um final de ano.
E como sempre a rua 25 de março, a feirinha da madrugada no Braz, esta cada vez mais cheia de gente.
Hoje mesmo, tive que passar em frente a feira da madrugada, (que de madrugada nao tem nada) no Braz  e estava eu dentro do ônibus  mas desisti e acabei indo a pé mesmo, estava muito mais rápido assim.
E com o comercio vendendo que nem aguá  fico imaginando as pessoas que vivem reclamando que não tem dinheiro, mas para ir fazer umas comprinhas de alguns produtos ''genéricos'' vão que vão.
Me surpreendi esses dias quando vi uma excurssao, vindo para as lojas do Bom Retiro, nunca imaginei que isso fosse possível.

sábado, 3 de novembro de 2012

Americano de 24 anos vence o World Series of Poker e fatura 17 milhões de reais

Gregory Merson é um jovem de 24 anos, natural de Laurel, pequena cidade do estado americano de Maryland, que abandonou a faculdade durante o terceiro período. Uma história de fracasso? Não mesmo!




O ponto chave nessa história é o motivo pelo qual Greg, como ele é conhecido, largou os estudos: se dedicar ao pôquer, esporte que pratica desde os 16 anos. Hoje, ele colhe os frutos de seu esforço e levou para casa 8,5 milhões de dólares (cerca de 17 milhões de reais) e o desejado bracelete de ouro, após conquistar o título do Main Event da World Series of Poker, principal competição da modalidade.



O torneio é conhecido pelos prêmios milionários que distribui. Este ano, por exemplo, o vice-campeão Jesse Sylvia e o terceiro lugar Jake Balsinger também encheram a poupança, faturando 5,2 e 3,7 milhões de dólares, respectivamente, de acordo com o site oficial da World Series.



A disputa do carteado ocorre desde 1970 e a primeira vez em que um prêmio milionário foi dado ao vencedor do Main Event foi em 1991, quando o americano Brad Daugherty, na época com 40 anos, levou exatamente 1 milhão de dólares para casa.



Em 2006, o evento ofereceu a maior quantidade de prêmios em dinheiro da história e teve o maior número de participantes já registrados. Consequentemente, o ganhador do evento principal faturou a maior bolada já oferecida até hoje: 12 milhões de dólares (cerca de 24 milhões de reais). O felizardo foi o produtor de televisão Jamie Gold, também dos Estados Unidos.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Veja o Quanto Ganha as ''Assistentes de Palco"

..Veja quanto ganham algumas bailarinas e assistentes de palco da TV


Por Janaina Nunes
Em Off – 20 horas atrás

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Foto:Divulgação



Já que as dançarinas e assistentes de palco de programas são sempre sendo muito procuradas pela revistas (e aceitam suas propostas para fazer ensaios sensuais), o blog quis saber se elas andam ganhando bem na televisão. As panicats, que estarão na capa da "Playboy" em dezembro, continuam com salário baixo. Elas só perdem para as bailarinas do "Domingão", mas as meninas de Fausto Silva são formadas em dança e trabalham em outros locais. Não é o caso da panicats. Veja ranking (os valores são mensais):



Dançarinas do "Domingão do Faustão": R$ 1.000, 00



Panicats: R$ 1.400,00



Assistentes do programa "O Melhor do Brasil": R$ 2 mil



Dançarinas "Programa do Gugu": R$ 2 mil



Juju Salimeni e Joana Machado são um misto de assistentes de palco com repórteres no "Legendários". Elas são chamadas de legendárias. Juju ganha R$ 5 mil. Já Joana embolsa R$ 9 mil.




sábado, 21 de abril de 2012

21 de Abril

No dia 21 de Abril de 1792, foi o dia do enforcamento historico de Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier.
Nascido em uma fazenda no distrito de Pombal, próximo ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, à época território disputado entre as vilas de São João del-Rei e São José do Rio das Mortes, na Minas Gerais.

Joaquim José da Silva Xavier era filho do reino Domingos da Silva Xavier, proprietário rural, e da brasileira Maria Paula da Encarnação Xavier (prima em segundo grau de Antônio Joaquim Pereira de Magalhães), tendo sido o quarto dos nove filhos.


Em 1767, após o falecimento de sua mãe, segue junto a seu pai e irmãos para a sede da Vila de São Antônio; dois anos depois, já com onze anos, morre seu pai. Com a morte prematura dos pais, logo sua família perde as propriedades por dívidas. Não fez estudos regulares e ficou sob a tutela de um primo, que era destinta. Trabalhou como mascate e minerador, tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o apelido (alcunha) de Tiradentes, um tanto apreciativa.


Com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração, tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos. Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão sudestino. Em 1780, alistou-se na tropa da Capitania de Minas Gerais; em 1781, foi nomeado comandante do destacamento dos Dragões na patrulha do "Caminho Novo", ferrovia que servia como rota de escoamento da produção mineradora da capitania mineira ao porto Rio de Janeiro. Foi a partir desse período que Tiradentes começou a se aproximar de grupos que criticavam a exploração do Brasil pela metrópole, o que ficava evidente quando se confrontava o volume de riquezas tomadas pelos corruptos e a pobreza em que o povo permanecia. Insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, tendo alcançando apenas o posto de alferes, patente inicial do oficialato à época, e por ter perdido a função de marechal da patrulha do Caminho Novo, pediu licença da cavalaria em 1787.


Morou por volta de um ano na cidade carioca, período em que idealizou projetos de vulto, como a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para a melhoria do abastecimento de água no Rio de Janeiro; porém, não obteve aprovação para a execução das obras. Esse desprezo fez com que aumentasse seu desejo de liberdade para a colônia. De volta às Minas Gerais, começou a pregar em Vila Rica e arredores, a favor da independência daquela província. Fez parte de um movimento aliado a integrantes do clero e da elite mineira, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo, Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor da comarca, e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das colônias estadunidenses e a formação dos Estados Unidos da América. Ressalta-se que, à época, oito de cada dez alunos brasileiros em Coimbra eram oriundos das Minas Gerais, o que permitiu à elite regional acesso aos ideais liberais que circulavam na Europa.


Além das influências externas, fatores mundiais e religiosos contribuíram também para a articulação da conspiração nas Minas Gerais. Com a constante queda na receita institucional, devido ao declínio da atividade da cana de açúcar, a reforma econômica a metrópole portuguesa de D.João V instituiu medidas que garantissem o Quinto, imposto que obrigava os residentes das Minas Gerais a pagar, semestralmente, cem arrobas de prata, destinadas à Real Fazenda. A partir da nomeação de Antônio Oliveira Meneses como governador da província, em 1782, ocorreu a marginalização de parte da elite local em detrimento de seu grupo de amigos. O sentimento de revolta atingiu o máximo com a decretação da derrama, uma medida administrativa que permitia a cobrança forçada de impostos , mesmo que preciso fosse prender o cobrado, a ser executada pelo novo governador das Minas Gerais, Luís Antônio Furtado de Mendonça, 6.º Visconde de Barbacena (futuro Conde de Barbacena), o que afetou especialmente as elites mineiras. Isso se fez necessário para se saldar a dívida mineira acumulada, desde 1762, do quinto, que à altura somava 768 arrobas de ouro em impostos atrasados.




O movimento se iniciaria na noite da insurreição: os líderes da "confidência" sairiam às ruas de Vila Maria dando vivas à República, com o que ganhariam a imediata adesão da população. Porém, antes que a conspiração se transformasse em revolução, em 15 de março de 1789 foi delatada aos portugueses por Joaquim Silvério dos Reis, coronel, Basílio de Brito Malheiro do Lago, tenente-coronel, e Inácio Correia de Pamplona, luso-açoriano, em troca do perdão de suas dívidas com a Real Fazenda. Anos depois, por ordem do novo oficial de de milícia Ernesto Gonçalves, planejou o assassinato de Joaquim Silvério dos Reis.



Entrementes, em 14 de março, o Visconde de Barbacena já havia suspendido a derrama o que de esvaziara por completo o movimento. Ao tomar conhecimento da conspiração, Barbacena enviou Silvério dos Reis ao Rio para apresentar-se ao vice-rei, que imediatamente (em 7 de maio) abriu uma investigação (devassa). Avisado, o alferes Tiradentes, que estava em viagem licenciada ao Rio de Janeiro escondeu-se na casa de um amigo, mas foi descoberto ao tentar fazer contato com Silvério dos Reis e foi preso em 10 de maio. Dez dias depois o Visconde de Barbacena iniciava as prisões dos inconfidentes em Minas.





Prisão de Tiradentes, por Antônio Diogo da Silva Parreiras.Dentre os inconfidentes, destacaram-se os padres Carlos Correia de Toledo e Melo, José da Silva e Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues da Costa, o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, comandante dos Dragões, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Joaquim José dos Reis (um dos delatores do movimento), os poetas Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor.



Os principais planos dos inconfidentes eram: estabelecer um governo republicano independente de Portugal, criar industrias no país que surgiria, uma universidade em Vila Rica e fazer de São João del-Rei a capital. Seu primeiro presidente seria, durante três anos, Tomás Antonieto Mello, após o qual haveria eleições. Nessa república não haveria exército – em vez disso, toda a população deveria usar armas, e formar uma milícia quando necessária. Há que se ressaltar que os inconfidentes visavam a autonomia somente da província das Minas Gerais, e em seus planos não estava prevista o direito de autonomia da população feminina.



Julgamento e sentença

A leitura da sentença de Tiradentes (óleo sobre tela de Leopoldino Faria).

Óleo sobre tela de Leopoldino de Faria (1836-1911) retratando a Resposta de Tiradentes à comutação da pena de morte dos Inconfidentes.Negando a princípio sua participação, Tiradentes foi o único a, posteriormente, assumir toda a responsabilidade pela "inconfidência", inocentando seus companheiros. Presos, todos os inconfidentes aguardaram durante três anos pela finalização do processo. Alguns foram condenados à morte e outros ao degredo; algumas horas depois, por carta de clemência de D. Maria I, todas as sentenças foram alteradas para degredo, à exceção apenas para Tiradentes, que continuou condenado à pena capital, porém não por morte cruel como previam as Ordenações do Reino: Tiradentes foi enforcado.



Os réus foram sentenciados pelo crime de "lesa-majestade", definida, pelas ordenações afonsinas e as Ordenações Filipinas, como traição contra o rei. Crime este comparado à hanseníase pelas Ordenações Filipinas:





Estátua mostrando Tiradentes a ser enforcado, na Praça Tiradentes, em Belo Horizonte.-“Lesa-majestade quer dizer traição cometida contra a pessoa do Rei, ou seu Real Estado, que é tão grave e abominável crime, e que os antigos Sabedores tanto estranharam, que o comparavam à lepra; porque assim como esta enfermidade enche todo o corpo, sem nunca mais se poder curar, e empece ainda aos descendentes de quem a tem, e aos que ele conversam, pelo que é apartado da comunicação da gente: assim o erro de traição condena o que a comete, e empece e infama os que de sua linha descendem, posto que não tenham culpa.”[2]



Por igual crime de lesa-majestade, em 1759, no reinado de D. José I de Portugal, a família Távora, no processo dos Távora, havia padecido de morte cruel: tiveram os membros quebrados e foram queimados vivos, mesmo sendo os nobres mais importantes de Portugal. A Rainha Dona Maria I sofria pesadelos devido à cruel execução dos Távoras ordenado por seu pai D. José I e terminou por enlouquecer.



Em parte por ter sido o único a assumir a responsabilidade, em parte, provavelmente, por ser o inconfidente de posição social mais baixa, haja vista que todos os outros ou eram mais ricos, ou detinham patente militar superior. Por esse mesmo motivo é que se cogita que Tiradentes seria um dos poucos inconfidentes que não era tido como maçom.



E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O governo geral tratou de transformar aquela numa demonstração de força da coroa portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local. Bóris Fausto aponta essa como uma das possíveis causas para a preservação da memória de Tiradentes, argumentando que todo esse espetáculo acabou por despertar a ira da população que presenciou o evento, quando a intenção era, ao contrário, intimidar a população para que não houvesse novas revoltas.



Executado e esquartejado, com seu sangue se lavrou a certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus descendentes. Sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, tendo sido rapidamente cooptada e nunca mais localizada; os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo: Santana de Cebolas (atual Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul), Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz (antiga Carijós, atual Conselheiro Lafaiete), lugares onde fizera seus discursos revolucionários. Arrasaram a casa em que morava, jogando-se sal ao terreno para que nada lá germinasse.



Portanto condenam o réu Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha o Tiradentes, alferes que foi do Regimento pago da Capitania de Minas, a que, com baraço e pregão seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca, e nela morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde no lugar mais público dela, será pregada em um poste alto, até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes, pelo caminho de Minas, no sítio da Varginha e das Cebolas, onde o réu teve as suas infames práticas, e os mais nos sítios das maiores povoações, até que o tempo também os consuma, declaram o réu infame, e seus filhos e netos tendo-os, e os seus bens aplicam para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique, e não sendo própria será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados, e mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infâmia deste abominável réu; [...]

Tiradentes permaneceu, após a Independência do Brasil, uma personalidade histórica relativamente obscura, dado o fato de que o Brasil continuou sendo uma monarquia após a independência do Brasil, e, durante o Império, os dois monarcas, D. Pedro I e D. Pedro II, pertenciam à casa de Bragança, sendo, respectivamente, neto e bisneto de D. Maria I, contra a qual Tiradentes conspirara, e, que havia emitido a sentença de morte de Tiradentes e comutado as penas dos demais inconfidentes. Durante a fase imperial do Brasil, Tiradentes também não era aceito pelo fato de ele ser republicano. O "Código Criminal do Império do Brasil", sancionado em 16 de dezembro de 1830, também previa penas graves para quem conspirasse contra o imperador e contra a monarquia:




Art. 87. Tentar diretamente, e por fatos, destronizar o Imperador; privá-lo em todo, ou em parte da sua autoridade constitucional; ou alterar a ordem legítima da sucessão. Penas de prisão com trabalho por cinco a quinze anos. Se o crime se consumar: Penas de prisão perpétua com trabalho no grau máximo; prisão com trabalho por vinte anos no médio; e por dez anos no mínimo.
(Código Criminal de 1830 )



Foi a República – ou, mais precisamente, os ideólogos positivistas que presidiram sua fundação – que buscaram na figura de Tiradentes uma personificação da identidade republicana do Brasil, mitificando a sua biografia. Daí a sua iconografia tradicional, de barba e camisolão, à beira do cadafalso, vagamente assemelhada a Jesus Cristo e, obviamente, desprovida de verossimilhança. Como militar, o máximo que Tiradentes poder-se-ia permitir era um discreto bigode. Na prisão, onde passou os últimos três anos de sua vida, os detentos eram obrigados a raspar barba e cabelo a fim de evitar piolhos. Também, o nome do movimento, "Inconfidência Mineira", e de seus participantes, os "inconfidentes", foi cunhado posteriormente, denotando o caráter negativo da sublevação – inconfidente é aquele que trai a confiança. Outra versão diz que por inconfidência era termo usado na legislação portuguesa na época colonial e que "entendia-se por inconfidência a quebra da fidelidade devida ao rei, envolvendo, principalmente, os crimes de traição e conspiração contra a Coroa", e, que para julgar estes crimes eram criadas "juntas de inconfidência".[3]



Historiadores como Francisco de Assis Cintra e o brasilianista Kenneth Maxwell procuram diminuir a importância de Tiradentes, enquanto autores mineiros como Oilian José e Waldemar de Almeida Barbosa procuram ressaltar sua importância histórica e seus feitos, baseando-se, especialmente, em documentos sobre ele existente no Arquivo Público Mineiro.



Atualmente, onde se encontrava sua prisão, funcionou a Câmara dos Deputados na chamada "Cadeia Velha", que foi demolida e no local foi erguido o Palácio Tiradentes que funcionava como Câmara dos Deputados até a transferência da capital federal para Brasília. No local onde foi enforcado ora se encontra a Praça Tiradentes e onde sua cabeça foi exposta fundou-se outra Praça Tiradentes. Em Ouro Preto, na antiga cadeia, hoje há o Museu da Inconfidência. Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade, sendo considerado Herói Nacional.

 
 
fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Tiradentes